terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

VII

vem que o mundo é mais suave do que parece,
que sentir medo-e-culpa-e-dor é coisa que não me apetece,
que quero viver livre-e-leve-e-solta e todos os outros clichês ridículos,
e tudo isso com você.

vem que eu tô na verdade é muito cansada
de ter opiniões-e-justificativas-e-palavras,
de ter sempre a resposta na ponta da língua,

que a vida é um segundo,
que viver nem é tão profundo,
a gente nasce,
e cresce,
e deseja,
e planeja,
e faz - ou não faz.
e morre,
e é isso,
e olha só que lindo,
e olha só que cruel,
e é fácil - e não é.
mas sabe?

vem, que E Daí é meu novo verso,
é o lema do meu universo,
vem que eu quero você,
quero o que tiver que ser,
e se não for a gente faz ser.

vem, que meu sonho se estende,
se multiplica,
se modifica,
mas nunca se esquece,
nunca se rende.

vem,
que eu também não tenho mais motivos,
além da vontade, da possibilidade
e da minha lubricidade.

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