gosto de ficar calada, ouvindo você cantar.
teus versos que eu ja sei de cor
falando de dor, de fim
e de como nada nunca vale a pena.
tão parecidos com os meus
antes de você aparecer,
e causar esse vendaval todo nos meus planos.
(porque sim, eu tinha planos.
de continuar com meus dias tediosos e minhas mentiras sinceras
pra depois chorar sozinha no escuro do quarto,
e levantar no dia seguinte com um sorriso,
fingindo que está sempre tudo bem.
que a vida sempre é uma festa.
e que eu amo viver assim.
só que geralmente eu esqueço de contar
o que acontece quando a festa acaba.)
e agora eu sinto que tenho tanto pra aprender
e muito pra ensinar...
eu te mostro como não dá tanto medo se entregar,
e você me mostra como eu faço pra gostar
um pouquinho mais de mim.
na verdade, eu só quero ficar perto de você.
hoje, amanhã, e depois, e de depois pra sempre.
será que posso ser tão clichê assim,
e dizer que nunca, nunca, nunca na vida
senti isso antes?
uma certeza rodeada de medo,
mas não aquele medo vazio de sempre.
é só um friozinho na barriga,
daqueles que se sente
quando não se sabe o que vai acontecer,
mas que não importa o que seja,
eu sei que vai ser perfeito.
(perfeito, perfeito, perfeito.
gosto de ficar repetindo essa palavra infinitas vezes
pra me lembrar que só entendi o verdadeiro sentido dela
há muito pouco tempo.)
ainda saio por aí com o olhar perdido, parecendo uma retardada, com cara de apaixonada.
ainda canto o dia todo a música,
ainda procuro seu cheiro na minha pele depois que vou embora.
e já era pra ter passado faz tempo essa fase.
às vezes eu acho que, provavelmente, não vai passar nunca.
é muito mais fácil voltar pro mundo lá fora
sabendo que sempre te levo,
nos meus olhos, na minha boca, no meu futuro.
(e o que eu mais odeio disso tudo é não ter nada pra escrever,
além de riminhas sem qualquer qualidade literária relevante,
e os velhos clichês que sempre foram e sempre vão ser repetidos.
mas, como diz a música, "canções de amor se parecem porque
não existe outro amor".
talvez seja isso.)
Um comentário:
São poucos os que tem sensibilidade de captarem as coisas a sua volta...
Mais pouco ainda, são, os que tem sinceridade para escrevelas.
"A força do teu coração é a força do meu coração..."
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