segunda-feira, 3 de março de 2008

Quem saberá a cura do meu coração senão eu?


a solidão é meu cigarro.
um vinho, um travo amargo e morro.


*Zeca Baleiro*


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a ilusão é o veneno
corrói pouco a pouco
os ossos
a vontade
a coragem
dias vazios
escorrem
entre os dedos
somem como nuvens
dias cinzas
dias malditos
sonhos envelhecendo
por trás das grades
alma escorre
entre os dedos
desce pelo ralo
seu sorriso rusga de sol
por trás dos pensamentos
sufocando dia a dia
lodo de emoções
melhor não ser
do que ser só metade
do que quero
seu sorriso
suave
me faz querer
acender mais um cigarro
ter vontade de esperar
um pouco mais
esperar a onda
que lave a ilusão
e o veneno
desembaçando
olhares
deixando a realidade
nova
seu sorriso brilha
por trás de tudo
fecho os olhos
respiro fundo
esperamos juntos o sol nascer.

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